sexta-feira, 29 de abril de 2011

O Clube do Livro: Ser leitor - Que diferença faz?




Uma professora apaixonada pela leitura, uma proposta inovadora de formação de leitores e uma turma de jovens ávidos por descobertas. Esses foram os ingredientes necessários para a criação do Clube do Livro numa escola estadual, o liceu Nilo Peçanha, de Niterói, em 1982. A proposta consistia em ofertar diversos livros aos alunos, que deveriam escolher os exemplares que lhes agradassem, fazer um relatório de suas impressões sobre a leitura e comentá-las nos encontros semanais em sala de aula. A professora sabia que a melhor forma dos alunos conhecerem a língua materna não era pelas temidas aulas de gramática, e sim pelo encontro com a literatura em sua forma plena, o encantamento pelas histórias, a presença do prazer na leitura, a liberdade para escolher o que será lido e o contato direto com os maiores conhecedores de nossa língua: os escritores. O aumento da intimidade com os livros e a boa literatura possui muitas conseqüências, entre elas nota-se uma maior capacidade de organizar as idéias e expressá-las de forma concisa, objetiva, coerente e elegante, tanto através da escrita quanto oralmente. Imagine o impacto da leitura, dos relatórios e dos comentários de 70 livros lidos por alguns jovens, durante um ano, em sua formação! Essa experiência fantástica é narrada por Luzia de Maria no livro O Clube do Livro: Ser leitor - que diferença faz? , editado pela editora O Globo, em 2009. Além da história do Clube do Livro, com direito a relato de experiência dos alunos que participaram na década de 80, a autora também fala sobre a importância de ser leitor no século XXI, visto que, com o advento da internet, a necessidade de receber e emitir mensagens de forma escrita torna-se crucial para um bom desempenho na vida pessoal, profissional e social, pois, caso contrário, corre-se o risco de ficar estagnado por não possuir capacidade de se comunicar com os outros. Luzia também apresenta as recentes descobertas na área da neurociência, do desenvolvimento das conexões neurais e da inteligência, onde se constata que a leitura possui grande importância na vitalidade do cérebro, na prevenção de doenças degenerativas e na garantia de uma velhice saudável. Também fala da importância do professor enquanto principal mediador de leitura de seus alunos e da escola como lugar de efervescência cultural, onde o estímulo a leitura e a oferta de livros seja uma constante no seu cotidiano. Essa escola e esse professor deverão apresentar aos alunos o universo da literatura e toda a sua riqueza, auxiliando-os a realizarem suas próprias escolhas de leitura e a tornarem-se leitores autônomos. Luzia toca em todos esses pontos, além de muitos outros, com a sutileza de quem ama os livros e com a autoridade de quem já possui mais de vinte anos discutindo e atuando na formação de leitores. Para completar a grandeza dessa obra, Luzia atravessa todo o seu texto com comentários sobre obras literárias que embasam seu raciocínio, provocando curiosidade sobre esses livros e instigando nosso desejo de lê-los, pois, afinal, como diz a autora “um bom livro é aquele que nos empurra para outros”.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

CIEP 171



CIEP 171, na Vila Getúlio Cabral. Com esse número dá pra imaginar a quantidade de piadas que os alunos fazem do colégio e de quem estuda nele. É sempre bom lembrar a história dos CIEP’s, dos animadores culturais e de uma escola que não serve apenas para dar aula. Quando estou num CIEP, gosto de pensar que estou dentro das linhas e das curvas de Oscar Niemeyer.

Durante o final de semana, rola um pré-vestibular comunitário no CIEP 171. Essa é outra coisa que gosto de pensar. O movimento de pré-vestibular comunitário, que começou na década de 90, permanece vivo até hoje agitando uma galera nas periferias de todo país. Num sábado desses, fui dar aula de geografia no pré. O horário de 11:00 as 12:30, fui a pé até o 171 com sol esquentando a moleira. Entrei pelo portão e vi uns moleques jogando bola na quadra e outros andando de skate no pátio. A piscina estava cheia e a água tinha sido trocada a pouco tempo. Umas quinze crianças tomavam banho. Não tive dúvidas: Hoje eu tomo banho nessa parada! Subi, bati um papo com o pessoal da coordenação e fui para aula. Corrigimos exercícios de Fordismo x Toyotismo. Turma grande com maioria feminina e um número considerável de senhoras. No final da aula convidei os alunos para tomar banho de piscina. Acho que eles não me levaram muito a sério... Eu que não ia perder a piscina! thcutchuá... acho que o Darcy ia gostar.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Marcus Fastini no Verão da Cultura.Urgente



No dia 19 de março, aconteceu o Verão da Cultura.Urgente, no Parque Lage. Estive presente na atividade "Novas geografias da cultura no Rio de Janeiro: Outras redes e lideranças", onde falaram Marcus V. Faustini e Marta Porto. Marcus V. Faustini é diretor de teatro, cineasta, escritor e Superintendente de Cultura e Sociedade do Estado. Se você perdeu, não fique desesperado... eu gravei no meu celular e postei aqui no blog. Ah muleque!!

Marta Porto no Verão da Cultura.Urgente



No dia 19 de março, aconteceu o Verão da Cultura.Urgente, no Parque Lage. Estive presente na atividade "Novas geografias da cultura no Rio de Janeiro: Outras redes e lideranças", onde falaram Marta Porto e Marcus V. Faustini. Marta Porto já trabalhou na UNESCO, em programas de cooperação internacional e atualmente está no Ministério da Cultura. Se você perdeu, não fique desesperado... eu gravei no meu celular e postei aqui no blog. Ah muleque!!!