domingo, 2 de outubro de 2011
ConexãoCaxias - convidados de outubro
O que é fazer rádio? O que significa entrar no estúdio, ligar o transmissor e começar a falar no microfone? O rádio é uma extensão da fala e da escuta humana, assim como a câmera e o cinema são extensões da visão. Rádio não é somente um lugar que toca música. É lugar de experimentar falas menores, falas desejantes, falas coletivas. Lugar para ser o que quiser... O que você que falar?
Esse é o mês da leitura, e inauguraremos a nossa biblioteca Livro de Rua na #RádioKaxinawá. Agora todo convidado levará livros livres para casa. No finalzinho do mês, faremos um grafitte irado na fachada da rádio. Afinal, ela é nosso Núcleo de Idéias POP
É isso. Muita idéia maneira com gente boa. A caravana não pára.
Outra: Estou precisando de um mediador de internet. Alguém tá afim de fazer rádio com o ConexãoCaxias? Chega mais...
Lembrando que o programa é TODA TERÇA-FEIRA, das 18hs as 20hs.
04/10 – Bonde dos Cria – Com os rappers Pedrin, Eddi MC e K-lot.
Tema: “Hip hop na cena carioca”
11/10 – Gabriel, Rodrigo de Souza e Felipe Tavares (Bolsistas do NIESBF)
Tema: “Biblioteca Virtual de meio ambiente da Baixada Fluminense.
18/10 – André Oliveira – Blogueiro, articulador e vencedor do prêmio Baixada 2011, na categoria Produção Cultural.
Tema: “Movimentos político-culturais da Baixada”
25/10 – Antônio Carlos – Coordenador da Biblioteca Comunitária Solano Trindade.
Tema: “Plano Municipal do Livro e Leitura em Duque de Caxias”.
Rádio Kaxinawá FM 100.1.
Ouça pela internet no www.conexaocaxiasbf.blogspot.com
Facebook – Conexão Caxias
Twitter - @conexaocaxias
sábado, 17 de setembro de 2011
Pela cidade #Palavra
Quero ver nascer em minha cidade
Dezenas de pontos de leitura
Centenas de blogs
Milhares de amigos no FaceBook
terça-feira, 30 de agosto de 2011
Convidados de setembro do ConexãoCaxias
Agora é só esperar a terça-feira, das 18hs às 20hs, e se conectar com essa galera.
06/09 – Douglas Crispe (grafiteiro e B-boy) e outros amigos.
Tema “É possível viver como artista do hip hop?”
13/09 – Ricardo Alves (Ponto Cine Guadalupe e estudante de geografia -FEBF) e Mariana Gesteira (mestranda da FEBF)
Tema “Cinema digital e cineclubismo: Estratégias para democratizar o audiovisual”
20/09 – Eduardo Ribeiro (Diretor do site Baixada Fácil e ganhador do prêmio Baixada 2011)
Tema “Comunicação e articulação de iniciativas na Baixada Fluminense”
27/09 – Jorge Freire (Ator e coordenador da Agência de Redes para a Juventude)
Tema “A juventude urbana e digital. O que um jovem faz com 10 mil reais?
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Radio é Arte.
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
II Encontro do Plano Municipal de Livro e Leitura (PMLL) Duque de Caxias
II Encontro do
Plano Municipal de Livro e Leitura (PMLL)
Duque de Caxias
Data: 17/09/2011 (Sábado) / De 8:30h as 12:30h
Local: Biblioteca Governador Leonel de Moura Brizola
Programação
8:30h – 9:00h: Credenciamento
Boas vindas
Secretária Municipal de Educação - Profª Roberta Barreto e
Secretário Municipal de Cultura e Turismo - Prof. Gutemberg Cardoso
9:00h – 9:30h: Apresentação cultural
· Projeto Jovens Mediadores de Leitura - SME. Dramatização do livro "A peleja do violeiro Magrilim com a formosa princesa Jezebel", com os alunos da E.M. Nossa Senhora do Pilar".
9:30h – 10:30h: Fala dos convidados
· Vera Saboya – Superintendente da Leitura e do Conhecimento da Secretaria de Cultura do Estado do Rio de Janeiro.
· Maria Antonieta - Secretária Executiva do PNLL
· Antonio Cesar dos Griots – Companhia dos Griots – São João de Meriti
10:45 – 11:15: CoffeeBreak (Secretaria de Cultura e Turismo)
11:20 – 12:20: Debate Livre
domingo, 7 de agosto de 2011
Ramal Saracuruna - Raiz da Serra
Copa do Mundo e Olimpíadas. O Rio de Janeiro possui uma puta agenda internacional e esse é um ótimo momento para pensar numa Agenda Metropolitana Contemporânea. Existem muitas coisas para falar sobre o modo de viver em aglomerados urbanos com mais de dez milhões de habitantes: saneamento ambiental, eficiência energética, acesso às redes de informação e comunicação, serviços públicos de saúde e educação, violência, política de drogas, produção e consumo de bens simbólicos etc. Qualquer idiota ao ser perguntado sobre o tema de transporte e o problema dos engarrafamentos, responderá que um caminho racional para essa questão é o uso do transporte de massa sobre trilhos, vulgo trem. Pausa para pensar e fazer um parágrafo.
Sinto enjoo ao falar desse assunto. Viver em Imbariê e conviver com um trem a diesel em pleno século XXI é frustrante. Quando entramos na estação Central do Brasil, pagamos o mesmo preço, mas não temos o mesmo serviço. Enquanto um passageiro pega um trem com ar-condicionado em direção ao Engenho de Dentro, eu preciso, para chegar em casa, ir até a estação de Saracuruna no trem elétrico e depois fazer baldeação pra pegar o trem Maria fumaça até Santa Lúcia. Quem chega a Saracuruna pode esperar mais de uma hora pra pegar a porra do trem até Raiz da Serra. Tem gente com fome. Trabalhar o dia inteiro no centro do Rio e levar quase TRÊS HORAS pra chegar em casa não é mole. Tem gente com fome dá de comer.
O que pode ser feito?
A história da luta pela modernização desse ramal de trem é muito interessante e merece ser contada. Essa linha seria desativada na época das privatizações, mas resistiu graças à luta dos passageiros. São sete estações ao longo de 15km. Ela é mais um capítulo da história dos movimentos populares de Duque de Caxias. Mas eu não vou contar hoje. Somente quero desabafar minha frustração ao ver tanta farra com o dinheiro público e tanto descaso com o trabalhador que constrói a cidade Maravilhosa, vendida em belas imagens para investidores internacionais. Os governos investem milhões em estádios e obras para os eventos. Pegam dinheiro emprestado com o Banco Mundial e fazem obras com valores três vezes acima do combinado. Sorrisos, ternos caros e pose para as fotos. Está vindo BILHÕES EM INVESTIMENTOS para nosso estado. Será que eles estão preocupados com o trem nosso de cada dia? Estudos indicam que 15O milhões de reais seriam necessários para modernizar o ramal. Muito barato diante do beneficio! O tempo passa e o problema continua. Onde está o trabalhador? Na estação de Saracuruna esperando o próximo trem para Raiz da Serra...
Conexão com Rodrigo Lobato e Hugo Moreira
O papo sobre pré-vestibular comunitário é sempre bom. Rodrigo Lobato é estudante de geografia e dá aula no PVNC da Penha. Hugo Moreira é estudante de Pedagogia e dá aula no PVNC de Imbariê. Os Prés-vestibulares comunitários são um dos movimentos mais interessantes que surgiram na década de 1990 em nosso país. Até hoje uma galera se reuni para estudar junto e entrar na universidade.
sábado, 23 de julho de 2011
Mate com Angú - 9 anos - Tem gente com fome
Depois de uma longa gestação, o filme "O vento Forte do Levante" nasceu. A trajetória e a estética do Solano Trindade são apresentadas nesse filme produzido por Rodrigo Dutra, historiador e professor. Uma história de luta contra injustiças, de poesias engajadas, de uma vida boêmia e valorização de nossa negritude. Para abrilhantar ainda mais a estréia, o filme será exibido na sessão de 9 anos do cineclube Mate com Angu. Parabéns Rodrigo Dutra e Antônio Carlos. A cultura do nosso país agradece essa justa homenagem ao Poeta do Povo.
domingo, 17 de julho de 2011
Mostra Som Daqui - Rock Independente da Baixada
A Baixada vive um momento de grande ebulição cultural e a cada semana aparece um evento para confirmar essa nova fase da região. A bola da vez é a Mostra Som Daqui trazendo para o público uma seleção de bandas de Rock com tons psicodélicos e afins. Vale a pena conferir a vibração do Rock n' Roll no SESC de São João de Meriti, dias 21 e 22 de julho, das 19hs as 21hs. E o melhor: GRÁTIS
Local: SESC de São João de Meriti, Avenida Automóvel Clube, 66 – centro – São João de Meriti
Local: SESC de São João de Meriti, Avenida Automóvel Clube, 66 – centro – São João de Meriti
quarta-feira, 15 de junho de 2011
Marcha da Liberdade
A atual ministra da Cultura não está em sintonia com a potência de transformação e ressignifação da cultura que estava em curso nos anos do Gil e do Juca. A ministra se fechou e não quer dialogar com a sociedade e com os movimentos. Existe uma pauta digital, de cultura livre, de ampliação de nossa experiência democratica, de cultura para além do mercado que a ministra não quer colocar para frente. Lamentável. Aproveitando, fica o convite para a #marchadaliberdade, um grande "guarda-chuva que vai abrigar vários movimentos". Juntos somos todos.
sábado, 11 de junho de 2011
terça-feira, 7 de junho de 2011
Escola Livre da Palavra
Quer saber qual é a boa? Vou falar a ótima: Cursos gratuitos na Escola Livre da Palavra, na LAPA. Participei desse projeto ano passado e foi muito bom. Dispositivos de criação literária, expressão plástica da palavra, arte contemporânea e gente interessante. Quem tiver com um tempinho livre não perca a oportunidade de participar de uma experiência tão interessante.
segunda-feira, 6 de junho de 2011
Trocando idéias na REDES da Maré
Andar pela cidade e trocar idéias com pessoas interessantes. Taí uma coisa que eu gosto de fazer. Sábado, dia 28/05, fui convidado para conversar com a turma de mediadores culturais da Redes da Maré. Foi uma tarde ótima, a começar por saltar na passarela 9 e passar pela Teixeira Ribeiro com sua feira repleta de cheiros, cores e sabores. O prédio da Redes também já é um acontecimento, com seus três andares bem cuidados, biblioteca, salas de pré-vestibular, cursos de lingua estrangeira, aulas de teatro, cineclube e outras paradas. A turma de mediadores culturais se reuni as quintas-feiras e as sábados, coordenada pela Isabella. Os participantes são em sua maioria alunos de graduação que estudaram no pré-vestibular da Redes. Sempre tem um convidado diferente para trocar uma idéia com eles e eu era a bola da vez. Sugeri o tema CULTURA, COMUNICAÇÃO E TERRITÓRIO. Num clima bem aconchegante, começamos a atividade assistindo dois curtas do Cineclube Mate com Angu e em seguinda conversamos sobre trajetórias de vida, circulação pela cidade, intervenção nos territórios, produção de novos olhares sobre as periferias, contrução de alternativas no cotidiano, novas práticas culturais e digitais, pontos de cultura e talz. Gostei muito do papo. Conectar pessoas, trocar idéias, articular iniciativas e viver as possibilidades do presente. Essa é a idéia.
As fotos são do Veri VG. Valeu! Olha o blog dele http://verivg.wordpress.com/
Olhem o blog da REDES também. Sensacional. http://www.redesdamare.org.br/home/
Conexão com Márcio Bertoni
O convidado dessa é Márcio Bertoni, diretor de fotografia, produtor do AnguTV e estudante de Geografia. Esse filho pródigo das terras caxienses já aprontou até na Venezuela. Artista, ser pensante, errante, inquieto. Muita energia boa e (((ressonâncias))) pela bits da internet. Nesse papo ele fala um pouco sobre angúTV e as crônicas digitais de Duque de Caxias.
http://www.ustream.tv/channel/buraco-cavernoso
http://www.ustream.tv/channel/buraco-cavernoso
quarta-feira, 1 de junho de 2011
Festa do Caldo
Pois é... nem só de filosofia e política vive o homem. Também precisamos de caldo para fortalecer os músculos, ossos e cérebros.Hehehe... Brincadeiras a parte, vai rolar dia 11/06 a Festa do Caldo, em Santa Lucia, Imbariê. Um evento com culinária, forró, touro e livros. Tá afim de conhecer Imbariê? Essa é uma ótima desculpa para vir aqui.
segunda-feira, 23 de maio de 2011
Conexão com Luiz Fernando Pinto
Zona oeste e Baixada Fluminense fazendo a conexão. Tive o prazer de receber no programa Luiz Fernando Pinto, coordenador de teatro do Centro Cultural a História que eu conto, localizado no complexo de Vila Aliança e Senador Camará. Luiz também participa da Universidade das Quebradas e cursa Teatro na UniverCidade com Bolsa integral. Sua filosofia de vida é circular pela cidade, buscar conhecimento e implementar no seu território. Imperdível!Se liga nos links Universidade das quebradas A história que eu conto
Conexão com Wallace Rodrigues
Dê Imbariê para o mundo. Divulga! O convidado da vez no ConexãoCaxias foi Wallace Rodrigues, estudante de Pedagogia e coordenador da Casa Brasil de Imbariê. Como relacionar nosso território com outros territórios da metrópole? Imbârie é o fim ou o começo de tudo? Estamos no meio do caminho bebendo água na garrafa pet de dois litros. Imbariê tem 110 mil corações. Você conhece algum? A Casa Brasil de Imbariê é uma ótima articulação para circular desejos, idéias e pessoas. Se liga no blog
Atenção! Em breve vai rolar o primeiro encontro para a contrução do Plano Municipal do Livro e Leitura.
segunda-feira, 16 de maio de 2011
Três ecologias - Felix Guattari
O mundo contemporâneo é marcado pelo grande desenvolvimento dos sistemas técnico-científico, da informática, da robótica, da moderna agricultura, da biotecnologia, das telecomunicações e outros avanços tecnológicos. No entanto, paradoxalmente, ao mesmo tempo em que vemos a evolução tecnológica das sociedades modernas, nos deparamos com um mundo em crise e com inúmeros problemas, como as degradações ambientais, o aumento da miséria, da fome, da desigualdade, da intolerância, da ausência de serviços básicos, como acesso a água potável, educação, saúde, transporte, bens culturais e etc. A medida que o tempo passa, os problemas se acumulam e a crise ambiental, do sistema financeiro e dos valores de nossa sociedade ficam cada vez mais latentes e insuportáveis, sinalizando para a necessidade de mudanças. Quais são nossas alternativas ao atual modelo social, econômico e cultural? Quais caminhos devemos percorrer para a construção de uma sociedade mais justa, solidária, fraterna e sustentável? A antiga disputa leste x oeste que marcou o século xx, ameaçando a própria vida humana no planeta, acabou e deixou órfãos os partidários do socialismo real. Em que direção deve seguir os que lutam pela liberação social?
Felix Guattari, pensador contemporâneo, afirma que o caminho para a superação dos atuais problemas globais deve ser a articulação das três esferas ecológicas – a ambiental, a social e a mental – constituindo uma nova ética-política e estética, a que chama de ecosofia. Tal revolução política, econômica e cultural leva em conta as transformações micro-políticas e micro-sociais presentes no cotidiano dos indivíduos, no seio do casal, na família, no trabalho, na escola, no clube. Essas mudanças alteram os domínios da sensibilidade, da inteligência e do desejo, produzindo novas referências e novos pólos de subjetividade. O autor propõe que nos debrucemos sobre os dispositivos de produção de subjetividade e transformemo-los em direção a uma ressingularização da vida individual e coletiva. Trata-se, portanto, de dar novos significados a vida humana, de construir novas relações sociais, ambientais e políticas.
A ecologia social propõe a construção de novas formas de conviver no socius, nos diversos espaços da vida cotidiana, como a casa, o bairro, no esporte, no trabalho. Trata-se de estabelecer condições reais e concretas para o desenvolvimento de novas práticas e hábitos, baseado em princípios éticos, que darão suporte para novas formas de vivenciar a democracia, de relacionar-se com o meio ambiente, de resolução de conflitos, de conviver com a diferença e de buscar a felicidade. Essas transformações acontecem na minha relação com o outro, alterando também múltiplas escalas com intensidades variadas.
A ecologia mental, por sua vez, busca reinventar a relação do sujeito com o próprio corpo, com o tempo que passa, com seus medos, suas angustias, suas neuroses. É necessária uma forma diferente e superior ao do psicanalista para a resolução dos conflitos em nosso inconsciente. Possivelmente, a aproximação com o artista e com sua forma de expressão pode trazer bons caminhos para sublimar os desejos nocivos e maléficos que povoam nosso espírito, impedindo dessa forma que eles concretizem-se no real.
Já a ecologia ambiental é entendida através de sua ligação intrínseca com o homem e as máquinas. Tal ligação pode ter varias possibilidades, desde catástrofes ambientais às evoluções flexíveis, visto a capacidade humana de transformação e alteração dos ambientes naturais através de suas técnicas. Portanto, cabe ao homem decidir o destino dessa relação, imprimindo-lhe mais degradação ou desenvolvendo mecanismo de conservação e de sustentabilidade.
A superação dos problemas provocados pelo Capitalismo Mundial Integrado (CMI) passa pela reapropriação dos sistemas produtores de subjetividade que este utiliza há décadas, como a mídia e a publicidade, para impor seu ponto de vista, sua verdade e seu mundo, penetrando na sociedade, produzindo desejos, comportamentos e atitudes. É necessário enfrentar o capitalismo no terreno ao qual ele mais atua hoje: na produção de subjetividades. A utilização de dispositivos de produção de signos, de sintaxe, de imagens e de inteligência artificial por uma multidão de grupos-sujeitos pode promover a constituição de novos pólos de produção de subjetividades e a criação de novos valores existenciais e de desejo.
A ecosofia é ao mesmo tempo prática e especulativa e visa substituir as antigas formas de engajamento religioso, político e social. Ela não pretende impor um caminho ou modelo único para a resolução dos problemas, pelo contrário visa ser a expressão de múltiplas de práticas, atitudes e dispositivos que produzam novas subjetividades.
Conexão com Dani Francisco
Alô galera conectada! Mais um podcast fresquinho para quem perdeu ou quem quer ouvir de novo um pouco do papo com Dani Francisco, produtora cultural e mestranda em Cultura e Comunicação. Nesse trecho a Dani fala sobre a mostra de filmes Angu à Francesa, a sua produtora Terreiro de Idéias e trabalho imaterial. Vai perder? Quem quiser produzir um evento legal e precisa de apoio profissional entra em contato com Terreiro de Idéias. Consultorias, formatação de projetos, leis de incentivo, atividades socioculturais e talz. O telefone é 2772-6136. O Jabá está feito.
quarta-feira, 4 de maio de 2011
Conexão com Rodrigo Mesquita
O convidado de reestreia do programa ConexãoCaxias foi Rodrigo Mesquita, mestrando em Cultura e Comunicação pela FEBF/UERJ e integrante do Laboratório de Audivisual (LaborAv) da faculdade. O tema do programa foi "qual a diferença de oficinas em projetos e sala de aula em colégio?". O papo foi muito bom e os ouvintes interagiram pelo Facebook. Segue um podcast comum trecho do programa.
sexta-feira, 29 de abril de 2011
O Clube do Livro: Ser leitor - Que diferença faz?
Uma professora apaixonada pela leitura, uma proposta inovadora de formação de leitores e uma turma de jovens ávidos por descobertas. Esses foram os ingredientes necessários para a criação do Clube do Livro numa escola estadual, o liceu Nilo Peçanha, de Niterói, em 1982. A proposta consistia em ofertar diversos livros aos alunos, que deveriam escolher os exemplares que lhes agradassem, fazer um relatório de suas impressões sobre a leitura e comentá-las nos encontros semanais em sala de aula. A professora sabia que a melhor forma dos alunos conhecerem a língua materna não era pelas temidas aulas de gramática, e sim pelo encontro com a literatura em sua forma plena, o encantamento pelas histórias, a presença do prazer na leitura, a liberdade para escolher o que será lido e o contato direto com os maiores conhecedores de nossa língua: os escritores. O aumento da intimidade com os livros e a boa literatura possui muitas conseqüências, entre elas nota-se uma maior capacidade de organizar as idéias e expressá-las de forma concisa, objetiva, coerente e elegante, tanto através da escrita quanto oralmente. Imagine o impacto da leitura, dos relatórios e dos comentários de 70 livros lidos por alguns jovens, durante um ano, em sua formação! Essa experiência fantástica é narrada por Luzia de Maria no livro O Clube do Livro: Ser leitor - que diferença faz? , editado pela editora O Globo, em 2009. Além da história do Clube do Livro, com direito a relato de experiência dos alunos que participaram na década de 80, a autora também fala sobre a importância de ser leitor no século XXI, visto que, com o advento da internet, a necessidade de receber e emitir mensagens de forma escrita torna-se crucial para um bom desempenho na vida pessoal, profissional e social, pois, caso contrário, corre-se o risco de ficar estagnado por não possuir capacidade de se comunicar com os outros. Luzia também apresenta as recentes descobertas na área da neurociência, do desenvolvimento das conexões neurais e da inteligência, onde se constata que a leitura possui grande importância na vitalidade do cérebro, na prevenção de doenças degenerativas e na garantia de uma velhice saudável. Também fala da importância do professor enquanto principal mediador de leitura de seus alunos e da escola como lugar de efervescência cultural, onde o estímulo a leitura e a oferta de livros seja uma constante no seu cotidiano. Essa escola e esse professor deverão apresentar aos alunos o universo da literatura e toda a sua riqueza, auxiliando-os a realizarem suas próprias escolhas de leitura e a tornarem-se leitores autônomos. Luzia toca em todos esses pontos, além de muitos outros, com a sutileza de quem ama os livros e com a autoridade de quem já possui mais de vinte anos discutindo e atuando na formação de leitores. Para completar a grandeza dessa obra, Luzia atravessa todo o seu texto com comentários sobre obras literárias que embasam seu raciocínio, provocando curiosidade sobre esses livros e instigando nosso desejo de lê-los, pois, afinal, como diz a autora “um bom livro é aquele que nos empurra para outros”.
segunda-feira, 18 de abril de 2011
CIEP 171
CIEP 171, na Vila Getúlio Cabral. Com esse número dá pra imaginar a quantidade de piadas que os alunos fazem do colégio e de quem estuda nele. É sempre bom lembrar a história dos CIEP’s, dos animadores culturais e de uma escola que não serve apenas para dar aula. Quando estou num CIEP, gosto de pensar que estou dentro das linhas e das curvas de Oscar Niemeyer.
Durante o final de semana, rola um pré-vestibular comunitário no CIEP 171. Essa é outra coisa que gosto de pensar. O movimento de pré-vestibular comunitário, que começou na década de 90, permanece vivo até hoje agitando uma galera nas periferias de todo país. Num sábado desses, fui dar aula de geografia no pré. O horário de 11:00 as 12:30, fui a pé até o 171 com sol esquentando a moleira. Entrei pelo portão e vi uns moleques jogando bola na quadra e outros andando de skate no pátio. A piscina estava cheia e a água tinha sido trocada a pouco tempo. Umas quinze crianças tomavam banho. Não tive dúvidas: Hoje eu tomo banho nessa parada! Subi, bati um papo com o pessoal da coordenação e fui para aula. Corrigimos exercícios de Fordismo x Toyotismo. Turma grande com maioria feminina e um número considerável de senhoras. No final da aula convidei os alunos para tomar banho de piscina. Acho que eles não me levaram muito a sério... Eu que não ia perder a piscina! thcutchuá... acho que o Darcy ia gostar.
quinta-feira, 7 de abril de 2011
sexta-feira, 1 de abril de 2011
Marcus Fastini no Verão da Cultura.Urgente
No dia 19 de março, aconteceu o Verão da Cultura.Urgente, no Parque Lage. Estive presente na atividade "Novas geografias da cultura no Rio de Janeiro: Outras redes e lideranças", onde falaram Marcus V. Faustini e Marta Porto. Marcus V. Faustini é diretor de teatro, cineasta, escritor e Superintendente de Cultura e Sociedade do Estado. Se você perdeu, não fique desesperado... eu gravei no meu celular e postei aqui no blog. Ah muleque!!
Marta Porto no Verão da Cultura.Urgente
No dia 19 de março, aconteceu o Verão da Cultura.Urgente, no Parque Lage. Estive presente na atividade "Novas geografias da cultura no Rio de Janeiro: Outras redes e lideranças", onde falaram Marta Porto e Marcus V. Faustini. Marta Porto já trabalhou na UNESCO, em programas de cooperação internacional e atualmente está no Ministério da Cultura. Se você perdeu, não fique desesperado... eu gravei no meu celular e postei aqui no blog. Ah muleque!!!
segunda-feira, 28 de março de 2011
Manifesto Nômade
Liberte-se do átomo. Não tenho muita certeza quanto ao Negroponte, mas uma ele deu dentro: entre o átomo e o bit, fique com o bit. Trabalhe com a mente, não com a mão, e que o fruto do seu trabalho seja digital.
Liberte-se da corporação. “Patrão” e “empregado” são palavras que não têm mais sentido, assim como “senhor” e “escravo”. Trate as corporações de igual pra igual, com cuidado! – pois são feras poderosas. Dê a elas uma dose do seu próprio veneno: a oferta e a procura. Cobre sem dó.
Liberte-se do tempo e do espaço. Pra que acordar de manhã e bocejar em uníssono com o resto da cidade? Pra que enfrentar congestionamentos só para se deslocar até um cubículo odioso cuja única função é te colocar sob a vigilância de bedéis e babás? Faça o seu trabalho fluir através dos fios.
Trabalhe nu.
Arranje ferramentas para o seu cérebro. Outro paradigma: esqueça caixotes estacionários, pense em portáteis baratos e versáteis enfiados numa mochila.
Se tiverem a aparência de uma bolha colorida e translúcida, melhor. Se a velha-guarda der risada, deixe. Lembre-se que caixotinhos bege combinam com isórias bege, carpetes cinza, luzes fluorescentes e almoço das 12:00 às 12:30. Você pode escolher: é por isso que dreadlocks serão o símbolo de status do futuro.
Por enquanto você ainda vai estar preso: a fios de telefone e ethernet; à área de cobertura do seu celular. Mas fique esperto: daqui a vinte minutos o céu vai se coalhar de satélites e você vai poder sair correndo pra praia.
Arme-se! Os monolitos do poder não verão com bons olhos esses bandos de freaks correndo por aí, vivendo de produção intelectual pura, cagando pras regras do passado industrial. Fique ligado em criptografia, em redes de contatos e nos caminhos da economia.
A época é de transformação. Caos e oportunidade. É a nova fronteira – laptops estão para os anos 00 assim como os clássicos Colts de 6 tiros estão para o Velho Oeste.
Tom-B,2001.
domingo, 27 de março de 2011
Espirito Livre
Se nascemos para a independência e o mando, é necessário prová-lo a nós mesmos e é preciso fazê-lo em momento oportuno. Não devemos querer evitar essa prova, embora possa representar o jogo mais perigoso que tenhamos que jogar e que se trate finalmente de provas das quais somos as únicas testemunhas e das quais ninguém mais é o juiz. Não se apegar a nenhuma pessoa fosse ela a mais cara – toda pessoas é uma prisão e também um esconderijo. Não ficar ligado a uma pátria, ainda que seja a mais sofrida e a mais fraca – é menos difícil desligar o coração de uma pátria vitoriosa. Não se deixar prender por um sentimento de compaixão, ainda que seja em favor de homens superiores,, cujo o martírio e isolamento o acaso nos teria levado a penetrar. Não se apegar a uma ciência, ainda que nos aparecesse sob o aspecto mais sedutor, com descobertas preciosas que parecessem reservadas para nós.(...) É necessário saber se conservar. É a melhor prova de independência.
Nietzsche. Pag 56, Além do bem e do mal.
sábado, 26 de março de 2011
No horizonte dobrou a esquina.
O nômade está dentro do Império, mas não compactua com ele. Ele circula e se relaciona com os agentes do Império, mas sempre procurando as fissuras dentro sistema a fim de aumentar as rachaduras e fazer tudo quebrar. Ele não faz um combate frontal com o inimigo, pois sabe que isso é gastar energia em vão. O nômade olha na diagonal, desvia o jogo e subverte-lhe o sentido. Em contra-partida, busca realizar agenciamentos com a resistência e construir territórios alternativos, onde o Império não possua o controle. Cria novos desejos e novas práticas onde a tônica não seja o valor de troca, mas o valor de uso. O Nômade é sempre o mesmo e sempre em mudança, ressiginificando suas práticas, olhando sobre novos pontos de vistas, dando espaço para o novo , a fruição e novas formas de ser. Ele sabe que não é prática revolucionária e sim processo. Quando percebe que o seu andar está muito repetitivo, que não consegue ver além das mesmas palmeiras e das mesmas montanhas, busca uma linha de fuga e procura novos ares. Sabe que sua capacidade de esquecer é mais importante do que a de lembrar, pois não dá para encher um copo vazio, nem inventar um novo mundo sem abandonar o antigo. Segue solitário e atento aos perigos do deserto. Aves de rapina observam-no e a morte aguarda na próxima esquina. A tempestade de areia assusta os desavisados, mas o nômade segue em frente. Ele sabe onde encontrar a água, abrigo e afeto. Após a montanha existe um tribo e ele ficará por lá durante um tempo. Eles produzem novas coordenadas de enunciação que o nosso amigo não conhecia, da mesma forma que o nômade também possue práticas que essa tribo não conhece. Eles cambiam. O Nômade fica por alí, encontrou aguá e afeto, mas sabe que quando a monotonia chegar é a hora dele partir.O nômade, a exemplo do esquizo, é o desterritorializado por excelência, aquele que foge e faz tudo fugir. Ele faz da própria desterritorialização um território subjetivo.
sexta-feira, 11 de março de 2011
Conexão com Slow da BF
Em junho de 2010, o programa recebeu a presença Slow da BF, rapper, cineasta e participante de diversos projetos e movimentos. Nesse trecho Slow fala de sua entrada na Zulu Nation e dá uma aula sobre a história do Hip Hop. Confira. 17min.
quinta-feira, 10 de março de 2011
Conexão com Heraldo HB
Em abril de 2010, o convidado do programa foi Heraldo HB, cineasta, escritor e agitador cultural de Duque de Caxias. Esse trecho tem poesia concreta, rádio Quarup FM e Mate com Angu. Imperdível. 16 min.
quarta-feira, 9 de março de 2011
Nietzche e Juventude
Durante os anos da juventude, se venera ou se despreza ainda sem essa arte da nuance que constitui o melhor benefício da vida e, mais tarde, é natural que se pague muito caro por ter assim julgado coisas e pessoas por um sim e por um não. Tudo é disposto de forma que o pior gosto, o gosto do absoluto, seja cruelmente burlado e profanado até que o homem aprenda a colocar um pouco de arte em seus sentimentos e que, em suas tentativas, dê preferência ao artificial, como fazem todos os verdadeiros artistas da vida. A inclinação à cólera e o instinto de veneração, que são próprios da juventude, não parecem repousar até que tenha desfigurado homens e coisas, para poder assim desafogar. A juventude em si já é alguma coisa que engana e falsifica. Mais tarde, quando a alma jovem, torturada por mil desilusões, se encontra finalmente cheia de suspeitas contra si mesma, ainda ardida e selvagem, mesmo em suas suspeitas e remorsos, como haverá de entrar em cólera contra si mesma, como haverá de dilacerar com impaciência, como a haverá de se vingar de sua longa cegueira, que se poderia julgar voluntária, tanto se enfurece contra ela! Nesse período de transição, o homem pune a si mesmo, por desconfiança de seus próprios sentimentos; martiriza seu entusiasmo pela dúvida, a boa consciência já aparece como um perigo, a ponto que se poderia acreditar que o eu está irritado com isso e que uma sinceridade mais sutil se cansa com isso; e sobretudo, toma partido, por princípio, contra a “juventude”. Dez anos mais tarde se dá conta que isso também não foi senão juventude.
Nietzche, Além do bem e do mal, pag.48.
terça-feira, 8 de março de 2011
Conexão com Fábio Pereira
Em maio de 2010, bati um papo com Fábio Pereira, professor, cineasta e ativista de movimentos sociais. Nesse trecho começamos falando sobre democratização das comunicações e saimos no twitter. Confira. 15 min.
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
Enraizados os Hibridos Glocais
O dia 03 de fevereiro foi muito especial para a comunidade de Morro Agudo, em Nova Iguaçu, e tambem para o hip hop do brasil. Nesse dia foi o lançamento do livro Enraizados os hibridos glocais, escrito por Dudu do Morro Agudo (DMA), editado pela editora aeroplano. O lançamento ocorreu no Espaço Enraizados no Morro agudo, onde aconteceu a mostra cultural do enraizados, com Sarau, apresentações de rap e batalha de mcs. Nesse livro DMA narra a fantástica história do movimento enraizados que nasceu para interligar grupos de hip hop do Brasil e criar uma grande rede de apoio-mutuo entre os participantes. Segundo DMA, a palavra que define a trajetoria do enraizados é milagre. Como um bando de garotos de morro agudo conseguiriam, a partir de três cartas enviadas a uma revista de rap, ter hoje uma rede presente e 20 estados e 10 países! Dudu conta a história do Enraizados a partir do seu ponto de vista, com uma narrativa contudente, sem meias palavras, direto ao ponto. Mostra em que direção seus sonhos o guiavam e como ele ia em busca deles. Hoje o Enraizados é uma grande referência no hip hop nacional, coordena pontão de cultura digital, Projovem adolescente, participa de congressos entre outras dezenas de atividades. Uma preocupaçao central desde o inicio do movimento é a exigibilidade de direitos negados as periferias, fato que marca luta dos enraizados por políticas públicas que promovam igualdade e justiça social. Esse é um livro imperdivel. Um relato vivo de que a periferia não é somente o lugar do medo ou da escassez, mas pode ser o lugar da potência e da criaçao. A mistura de arte, militância, hip hop e politica produziu uma nova narrativa para o bairro de Morro Agudo, novas alternativas de vida para os morados e possibilidade de diálogos com o Brasil e com o mundo. Esses são os hibridos Glocais.
O meu bilhete é único
Sento no fundo, abro a janela e sinto o vento bater no rosto. Meio prosa meio poesia levo a vida nos ônibus, meu cavalo alado nessa selva de pedra. A novidade é o bilhete único. Desapertou a coleira dos passageiros. O transporte é público, mas a concessão é privada. Alguns precisam ganham milhões para que as pessoas tenham o direito de circular pela cidade. Mas agora tenho bilhete único. Com 4,40 vou até o pontão da ECO na Urca ou até o Pontão do Enraizados no Morro Agudo. Geração digital fazendo a ligação a Baixada- Zona Sul com cabos óticos e wireless. Mas deixa eu voltar ao ônibus. Até a Central são 5,60. Mais 2,40 pra zona sul ou zona norte. Oito pratas só pra ir.
Agora esse negócio de só duas horas para pegar outro ônibus é meio caô. Os engarrafamentos estão enormes. Avenida Brasil, Dutra e Washington Luis. Carros, ônibus, caminhões e motos disputam cada centímetro de asfalto na corrida contra o tempo. Frustração no cotidiano de quem está em pé, espremido com mais setenta passageiros. De vinte a trinta quilômetros de engarrafamento para começar o dia, junto com um gole de café preto e uma fatia de queijo branco.
A capa para o bilhete único é um real na central e vem com uma cordinha. Preciso cuidar bem do bilhete que economiza o meu dinheiro e dá fôlego para andar pela cidade. Não pense você que isso é apologia ao governo Cabral. Eu votei no Jeferson Moura. Aliais, nesse mesmo ônibus em que pago menos, não tem cobrador. Motorista dirigindo e cobrando, se estressando dobrado, comprometendo a segurança dos passageiros e atrasando a viagem.
Sigo em frente. Passo o cartão na maquininha amarela e a tela avisa zero reais. A luz verde acende e rodo a roleta. Adoro. O busão passa pelo cais do porto, região central onde a cidade começou. São as obras do Porto maravilha! Milhões em investimentos e dezenas de despejados. Especulação imobiliária, farra com o dinheiro público e o direito a moradia negado. Acabou a euforia da escolha da cidade sede. As aves de rapina estão prontas pra dar o bote enquanto a gente brinca no parquinho da praça. Vejo tudo isso pela janela do busão, onde um clipe sem musica acontece diante de nossos olhos. Encerro por aqui porque preciso andar. Ainda tenho credito no bilhete.
Henrique Silveira
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